O MEL QUE CRISTALIZA NÃO É PURO?
Desmistificar
Na realidade é exactamente o contrário. O mel genuíno deve sempre cristalizar de forma parcial ou total passado algum tempo e é uma garantia de qualidade.
Como acontece
O mel é constituído principalmente por água, glucose e frutose. Quando a água diminui, as moléculas de açúcar ficam mais apertadas favorecendo o mecanismo de cristalização natural.
Quanto mais glucose o mel tiver mais rapidamente cristaliza (exemplo: Mel de Rosmaninho, Tília e Girassol)
Quanto mais rico em frutose mais tempo o mel ficará liquido (ex: Mel de Castanheiro, Eucalipto e Pinheiro)
Para o mel cristalizado voltar ao estado líquido sem perder as suas qualidades, deve ser aquecido lentamente em banho-maria com a temperatura entre 30ºC a 35ºC.
Vários tipos de Cristalização
A forma e o tempo necessário para a cristalização acontecer vai depender do tipo de flor dominante em cada mel.
O mel de Rosmaninho possui uma cristalização rápida e uniforme. A textura final é cremosa com uma granulagem fina.
O mel de Amoras Silvestres possui uma cristalização lenta e grosseira. A textura é mais densa e granulagem grossa.
Mel de Castanheiro possui uma cristalização muito lenta e localizada. A textura é compacta e têm uma granulagem grossa.
Em resumo, cada tipo de mel tem a sua identidade própria o que confere aromas e cores muito variadas.
O mel Eternamente Liquido
Esta imagem foi criada pelas grandes cadeias de distribuição, para o mel ser vendido em maior escala. Para gerar mais lucros, o mel precisava de ser apresentado ao consumidores como como um produto estandardizado e formatado.
A cristalização imprevisível e diferenciada de cada tipo de mel era um grande problema que tinham que resolver.
A solução encontrada foi "matar" o mel aplicando-lhe o método de pasteurização (aquecimento do mel a 70ºC) ou esterilização (aquecimento do mel a 130ºC).
Com este processo os agentes que provocam a cristalização são parcialmente eliminado ou totalmente eliminados. No primeiro caso garante uma liquidez de 9 a 12 meses, no segundo caso vários anos.
Infelizmente neste processo, grande parte dos componentes benéficos ao organismo, são eliminados.
Depois disto, o mel passa a ser um bom "xarope", que não faz nem bem nem mal.
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